Viagem ao Mar da Galiléia

Shabat Shalom pessoal!

Mais um dia nasce aqui na Ha Eretz (a terra) e o pessoal se ocupa com seus afazeres domésticos, exceto este que vos escreve, que está separando um tempo, enquanto as roupas se lavam lá na lavanderia, para colocar as últimas novidades.

Ontem, dia 6/11, viajamos até o Mar da Galileia (Sea of Galilee) - ou em hebraíco, Yam Kinneret (Im é mar e Kinneret é violino, pois eles acham o formato semelhante ao do violino... ¬¬). Olhando para o mapa, é possível perceber que o tal mar é na verdade uma lagoa. De carro, é possível fazer toda a sua circunferência em aproximadamente 2h.
Para aqueles que frequentaram as aulas de catequese, é possível se lembrar que este foi o local de diversos feitos de Jesus, como caminhar sobre as águas, acalmar tempestades e alimentar 5.000 pessoas.

A nossa primeira parada foi em Tabgha, a igreja da multiplicação. Honestamente, eu nem sequer sabia o que a gente estava fazendo lá. Era um templo bonito, com uma oliveira no centro do pátio e uma igreja ao fundo. Foi quando um dos guris comentou: "Aquela pedra lá no fundo da igreja foi onde Jesus executou o milagre da multiplicação dos peixes e dos pães...". Então que eu fui entender o porque da parada e garimpei algumas fotos por lá.
Aqui aconteceu uma situação estranha. Primeiramente, os árabes por aqui são tratados (sem tendências racistas, por favor) como os negros na américa do sul e do norte - há uma certa xenofobia. Entendem? Mas em geral é justificada (ao menos por aqui), quando falam em assaltos, badernas, brigas ou coisas parecidas, provavelmente tem um árabe envolvido.
Enfim, vamos ao que interessa... ao redor da pedra da multiplicação, existe uma corda, que impede o acesso até ela. Então, esse grupo de árabes entrou lá para rezar tocando na pedra, prontamente uma freira apareceu com um sininho e começou a tocar.
A gente ouviu o sino, foi ver o que estava havendo e vimos aquela cena, logo pensamos: "Puxa, enquanto ela tá tocando o sino, o pessoal tem acesso até a pedra, vamos lá!" - então todos nós, junto com os árabes, fomos lá tocar a pedra.
Sem se dar por entregue, a freira voltou e trouxe um sino bem maior e começou a tocar. O pessoal ainda não tinha saído... foi então que ela começou a falar e pedir para as pessoas se retirarem (em hebraíco).

Que gaúchada!




Seguem algumas fotos do mar:





Também fomos para a Igreja de São Pedro. Honestamente, não consegui pegar nenhum dado histórico da igreja. O interessante foi ouvir uma missa em inglês ao ar livre e o local é muito calmo e silencioso. Mas seguem algumas fotos:





E também visitamos Capharnaum, também não tenho nenhuma informação histórica. Mas o que consegui entender é que existe uma estrutura contruída sobre as ruínas da antiga cinagoga. O curioso é que os fiéis não se sentam de frente para o padre e sim ao seu lado, pois ninguém poderia ficar de costas para Jerusalém durante uma "missa". Obviamente, a porta do templo era sempre voltada para a cidade de Jerusalém.

Seguem mais algumas fotos:








E ao fim da viagem, fomos para o Jordão, onde Jesus foi batizado por João. Molhamos nossos pés e nos retiramos. Duas coisas curiosas são: 1) a água é extremamente azul, quase um azul químico, mas apesar disto, é possível enxergar o fundo dela; 2) encontrei um flamenguista por lá =)





Sem mais, estou indo. Deu o tempo de terminar de lavar as minhas roupas. Forte abraço. Estou torcendo para que esteja tudo bem com vocês!

. : : UPDATE : : .

Descobri hoje que esta foto mostra o interior da casa de Pedro (um dos apóstolos de Jesus). Sobre ela foi erguida uma cinagoga. Encontramos ela em Capharnaum:


Novidades da terra

Shalom, Manishima?


Fiquei alguns dias sem dar retorno de como as coisas estão, há uma boa razão, o serviço aqui não é tão intuitivo e eu estou ocupando meu tempo livre estudando para me colocar em dia nos conhecimentos.

Acabei de colocar uma porção de roupas sujas para lavar, a lavanderia comunitária do prédio permite que qualquer morador possa acessá-la (através da digital) e usar qualquer uma das máquinas. Cada lavagem (completa) dura em torno de 40 minutos e você não precisa ficar lá esperando, pois ninguém irá mexer nas tuas roupas (a não ser pra colocá-las em um cesto para liberar a máquina).

No mais, tive alguns problemas com o meu boiler (aquecedor de água, elétrico) - que não estava esquentando nem um pouco. Acabei tomando uns dois banhos frios e isto bastou pra eu ficar um pouco resfriado.

Hoje pretendo ir comprar o resto dos itens para a casa, assim que ela estiver "hakol besseder", irei postar uma foto de como as coisas estão.

Por enquanto fica a foto da vista da janela do meu apartamento:



Tivemos um churrasco semana passada, de integração com o time anterior. A condição deles foi bastante simples, fazer o churrasco, como um churrasco gaúcho, só que em Israel e sem ajuda deles. Realmente, foi muito complicado, pra iniciar, aqui não se encontra açougues como no RS. A carne que vendem por aqui, geralmente, é congelada e de partes como ombros ou miúdos, definitivamente não são bons para churrasco.
Após muito perambularmos, encontramos alguns pedaços de carne com o selo do ministério da fazenda do Brasil. Obviamente, o preço cobrado pelo quilo da carne poderia ser comparado ao preço do ouro.

No total, somando carne e cerveja, gastamos cerca de 1012 NIM, o que seria algo como uns 500 reais (para um churrasco com 22 pessoas).

Fiquei com a árdua missão de assar numa grelha (eles chamam de churrasqueira por aqui ¬¬). O que pra mim foi como reaprender a assar... o que não foi uma coisa muito ruim, já que não entendo muito sobre assar carne.

Seguem algumas fotos do evento:





E para terminar o post, fica uma foto do Bahai Garden durante a noite, em uma de nossas incursões noturnas em Haifa:

(foto por Rodrigo Cornes)

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