Feliz Natal!

Saudações, shalom!

Como estão todos? Bem?
Feliz Natal, antes de mais nada.



Por aqui o clima natalino não é muito forte por uma questão de raízes religiosas. Como já devem saber, os judeus não acreditam em Jesus, que para eles, é apenas mais um falso profeta, um falso messias.
Quem quiser saber mais sobre isto, favor ler mais neste link. Por uma falha no sistema de educação religiosa do meu colégio, eu precisei passar vergonha por aqui fazendo uma pergunta "besta" para entender a razão pela qual ninguém celebra o Natal por aqui.
Se o Natal tivesse caído em qualquer dia da semana, provavelmente passaríamos ele trabalhando (o que não faz muita diferença, fora de casa).

Mas, como caiu antecedendo um final de semana (para nós, é claro) - estamos organizando um churrasco. Os 6kgs de picanha já estão de "molho" na água morna esperando ser descongelada. Em breve devo descer para começar a ajudar nos preparativos... nem que seja jogando a minha mais nova aquisição:


Como a galera fala por aqui, ficarei um bom tempo sem namorada. Ao menos tenho que encontrar algo pra investir o meu tempo ocioso :-)

Há uma semana atrás fui para Eilat. Eilat fica ao extremo sul do país, conforme a foto abaixo:

Segue aproximadamente o percurso que fizemos até o destino. Resolvemos sair na sexta às 3 a.m. e chegamos por lá por volta das 10 a.m. para irmos até o Underworld Observatory. Visitamos o litoral do local, que tem uma característica muito interessante, você olha para um sentido e pode enxergar o Egito e olhando para o outro pode enxergar a Jordânia.
É incrível o contraste que existe, você está no litoral e se andar cerca de 500 metros para dentro do continente, você já estará em um deserto.

O deserto desta região não é como um deserto do Saara, que é basicamente areia. Você vê pedras e o local é seco e quente, mesmo no inverno. A sensação térmica, segundo o pessoal de lá, durante o inverno, era de 50 graus celsius.

Durante a noite dormimos em um hostel. Que para mim foi uma experiência nova. Trata-se de vários quartos comunitários, onde 3-6 viajantes pernoitam no mesmo quarto. É interessante pois você sempre acaba conhecendo gente nova e é uma boa chance para já ir afiando o seu inglês e aprender palavras novas.

Seguem algumas fotos sem muita ordem...






No mais, volto a desejar um Feliz Natal e boas festas!

Que eu estou indo em direção ao meu primeiro Natal em outro país.

Um forte abraço e tudo de bom para vocês.

Viagem para Akko

Shalom Shabbat pessoas!

Como que estão todos? Espero que besseder ou metsuian...

Estamos em nossa sexta semana no Ha Eretz e hoje resolvemos fazer um passeio que há tempos os Israelenses vinham nos recomendando - Akko (ou Acre, é tudo a mesma coisa).

Antes de mais nada, já há tempos tenho sido abordado em russo por Israelenses. Hoje, ao pedir para ir para o banheiro em um posto de conveniência, a atendente falou algo em russo pra mim e ao olhar pra minha expressão sem reação, ela perguntou se eu não falava russo. Admiti que não e ela disse que eu parecia um russo e tinha um sotaque de russo. Enfim, agora tudo parece ter mais sentido :)

A cidade é uma das mais antigas cidades ainda habitadas de Israel. Por causa da sua posição estrategica, ela foi alvo de várias tentativas de invasão durante a história. Para assegurar que a cidade não seria dominada, foram erguidas fortalezas próximas à costa, que atualmente servem como ponto turistico apenas - mas exibem canhões e muralhas de épocas antigas.

Na Wikipedia existem várias informações relevantes sobre Akko, mas a mais interessante são as mais recentes, os árabes detinham controle da cidade até 1947, quando as Nações Unidas ergueram o estado de Israel. Em 1948 Israel tomou controle da cidade e como resultado disto, hoje temos a presença de judeus e árabes convivendo juntos em uma mesma cidade. Dizem que a proporção é de 2/3 de judeus - mas para os lugares que visitamos, a proporção de árabes parecia bem superior...

Abaixo temos algumas fotos de alguns fortes que fomos encontrando pelo caminho. Fico devendo as fotos dos canhões, que estavam com pichações feitas com "liquid paper"...



Vale lembrar que o local, além de uma fortaleza, também era uma prisão. Então o clima é meio pesado em alguns lugares. As histórias de pessoas (judeus) que foram presos, mortos e principalmente as celas da solitária e a forca são o climax do local. Você olha para o ambiente e consegue imaginar quantas pessoas morreram ali, consegue até mesmo sentir o cheiro de suor e urina (o lugar não cheira a isto, eu é que tenho uma imaginação bem fértil :) ), mas é um local com grande valor histórico.

Enfim, fizemos um almoço e pela primeira vez posto o meu prato preferido no Ha Eretz. Humus!

Ma zê? Zê Humus! Tov meod!

Abaixo segue a região árabe da cidade de Akko. Uma parte bastante interessante, onde você poderá encontrar roupas mais baratas, eletrônicos e sorvete não "Kosher".



Algumas regiões não são muito bonitas de se ver.






Tivemos inclusive um Le Parkour das Arábias. Dois garotos estavam praticando uns pulos ali e resolvemos filmá-los :)



Também tivemos algumas conversas com o pessoal do nosso setor e eles se mostraram bastante entusiasmados em explicar um pouco mais da história e costumes de Israel para nós, inclusive combinaram um almoço no domingo (que é a nossa segunda feira), onde eles se propuseram explicar um pouco mais a respeito das coisas por aqui.

Mas já pudemos ter uma idéia de porquê o pessoal por aqui é tão paranóico em relação à conflitos e ataques terroristas. Não são apenas bombas que podem explodir. Cada vez mais os muçulmanos descobrem mais e mais jeitos novos de matar. Isto justifica o motivo de que não importa qual o lugar que tu entre tu é obrigado a mostrar o conteúdo da tua mochila, o porta mala do seu carro e ser revistado, caso eles achem necessário.
Além disto, na rua você poderá encontrar garotos (e garotAS) com cerca de 20 anos usando M-16, Uzzis e outras armas de grande poder de fogo na rua. Óbvio que em geral são militares, aliás, os únicos que podem ter porte de arma por aqui são os Israelenses, então...
Enfim, a idéia é que eles nunca sabem quando poderão precisar neutralizar um terrorista por aqui.
Segue um exemplo bastante citado...

Vários já tiveram essa idéia, mas este vídeo é o mais recente, ocorreu em Jerusalém, em 5 março de 2009 (meu aniversário de 27 anos, coincidentemente).

Acho que hoje eu exagerei, mas enfim, acho que por hora é só. Um forte abraço e um ótimo final de semana para todos!

Viagem à Jerusalém

... ou "Ierushalém", como dizem por aqui.


Shalom Shabbat, parentes, amigos(as) e visitantes. No episódio de hoje... okey, corta essa. Hoje o post é dedicado à viagem à viagem para Israel que o nosso grupo fez no dia 04/12.
Fomos nós do grupo ASH + o veterano Virgílio e a Paulinha (esta, que por ser militar, salvou o grupo de algumas revistas de rotina por parte dos Israelenses).
Tivemos alguns contratempos no início de nossa viagem, mas tudo prosseguiu normalmente após concordarem com o (óbvio) fato de que todos os carros tinham GPS e todos poderiam formalizar o caminho até Jerusalém.
Abaixo segue o trecho que nós optamos fazer.... aproximadamente.
Por quê "aproximadamente"? Bem, o GPS do nosso carro (vulgo Almir, "Pode ir meu querido, tá tranquilo...") nos orientou por um caminho que iria passar pela Rota 6. O que é a rota 6? A rota 6 é uma via paga, id est, com pedágio. O valor é automaticamente debitado na fatura do dono do carro (através da placa do veículo) e o valor é pago por trecho, então, a coisa mais sábia a se fazer é evitar essa estrada ao máximo. Até porque, as estradas são ótimas. Então, quando descobrimos que o Almir estava nos levando diretamente para a estrada da falência, resolvemos alterar nossa rota manualmente. Nosso trecho pegava a Rota 2, mais tarde a 20 e inclusive a 1... então, "aproximadamente" foi este o trecho que tivemos que fazer.


Bem, após chegarmos, tivemos tempo para ir em um museu. Infelizmente um museu diferente do que o resto do grupo (que já havia chegado há mais de meia hora) estava passeando. Enfim, ficamos esperando eles do outro lado do outro museu, para seguirmos em direção ao Muro das Lamentações.

Definitivamente, uma das características de Jerusalém é o trânsito caótico. Não sei se é sempre assim ou se era por causa do Shabbat, mas é simplesmente péssimo de dirigir. É um verdadeiro exercício da paciência... nem mesmo entendo como que permitem porte de armas por aqui e ninguém nunca se mata no trânsito.

Subindo nessa construção (hotel) é possível ter uma vista de boa parte da Jerusalém, inclusive da Cúpula da Rocha

Mah óiê! De onde vem esta caravanãn? - ao fundo a Cúpula da Rocha

Algumas galerias antes do muro das lamentações - várias lojas, restaurantes e pubs...

Entrada para o Muro das Lamentações



Eifo ha gamal sheli? (onde está o meu camelo?)

É interessante que as ruas que antecipam o muro das lamentações são bastante estreitas, as pessoas andam de bicicleta ou com carrinhos puchados a mão. Parece um local perdido no tempo. Muitas lojas vendendo bujigangas e se tu parar para olhar alguma coisa, certamente o vendedor vai começar a te empurrar todas as quinquilharias que ele tiver. E eles aprendem rapidamente a língua do pessoal de fora. Crianças com 5 anos já sabem te dizer o preço das coisas em inglês e só deles ouvirem a sonoridade da língua, mesmo sem saber falar uma palavra em português, eles já sabiam de onde éramos e saiam dizendo: "Kaká! Ronaldo! ..." - incluvive passou um senhor e provocando o colega Dimitrius (da Altus) que estava vestido com o uniforme do Internacional : "Tem algum gremista aqui?".
Obviamente, o senhor citado era brasileiro. Inclusive se dizia Corintiano (ô racinha ein!).



No mais foi isto. Ao final do dia voltamos para casa, exaustos da viagem.

Até agora, esta foi a viagem que eu mais gostei. Realmente recomendo!

Ah, claro, como não poderia deixar, segue uma foto do Muro das Lamentações do lado masculino. Existem dois lados, um onde só as mulheres podem entrar e outro que só os homens podem entrar. O lado dos homens é maior (e melhor, e mais rápido, e mais inteligente :P) e ainda por cima existe uma espécie de biblioteca com textos religiosos (em hebraíco!).

Seguem as fotos:


Então, é isto pessoal, um forte abraço e um ótimo final de semana para todos!

Novidades - Carro, Curso de C++ e Academia

Shalom amigos(as),

mais um dia está chegando ao fim e separei um tempo para colocá-los à par das novidades por aqui. Primeiramente, no dia do aniversário do Pietro resolvemos fazer uma surpresinha para ele e resolvemos dar um carro novo para ele. Okey okey, a história não foi bem assim, é verdade. Na realidade pegamos o carro dele para realizar uma rápida tarefa não muito longe dali quando o carro anúnciou problema na injeção eletrônica. Enfim, ficamos duas horas esperando o pessoal da Hertz (empresa que aluga os carros) aparecerem com um carro para substituir este...

A festa de aniversário foi bastante legal, com direito à drinques exóticos e balões com hélio - foi divertido ouvir algumas personalidades falando seus motes com a voz fina, inclusive este que voz fala. O efeito do hélio dura muito pouco tempo e é engraçado - recomendo :)

Recebemos (eu, o Bruno e o Alemão) um curso de C++ para Programadores da empresa, o curso foi no Leonardo Hotel, o local é simplesmente muito bem localizado, bem ao lado da praia, após a estação de trem. Recebemos o curso do Prof. David, nascido em Londres, mas que já mora em Israel há um bom tempo. Foram (até agora) dois dias o dia inteiro tendo aula com ele e conversando com ele. Além de servir para dar um improve considerável na linguagem de programação C++, com algumas "clever techniques", que eu não conhecia, também serviu para dar uma acelerada no inglês, afinal, o inglês dele é very smooth.

No restaurante havia um dos garçons que queria testar o espanhol deles e soltava algumas frases como "Holla", "Hasta Luego", "Obrigado" - entre outras - enquanto a gente revidava com uns "Manishima" (como vai?), "Toda" (obrigado), "Bevakasha" (com licença/de nada), e até mesmo um "Boker Tov" (boa manhã, ehheheh).
Apropósito, o Douglas havia me perguntado como era boa sorte, até aonde eu sei é Mazel Tov. Valeu pelo scrap ae :)

Vista do hotel no fim da tarde...
Bruno e eu
Da esquerda para a direita: David, Bruno, Alemão e eu

Material do Curso

Hoje já foi o meu segundo dia de academia e como manda o mestre Arnold, uma boa e balanceada alimentação é essencial para o marombeiro, segue abaixo a foto do prato da noite, banana esmagada com achocolatado do Shufersal - uma verdadeira iguaria da minha cozinha. A aparência não é das melhores, mas como diriam os fellows Timão e Pumba, "Viscoso mas gostoso..."

No mais é isto, vou me organizar, tomar um banho que logo mais teremos uma reunião sobre o que faremos no Natal neste ano. Parece que a Aeroeletrônica aceitou nos presentear com uma quantia em dinheiro para auxiliar o nosso Natal por aqui. Primeiro Natal longe da família, da noiva e dos amigos. Enfim, farei força pra que tenha uma picanha bem suculenta (pasmem, existe - só que a peça de picanha deles aqui tem 6kgs... não me pergunte como ¬¬) e com um amigo secreto.

Ah! Pretendemos ir para Tel Aviv neste final de semana. O prof. David nos deu algumas sugestões de passeios, iremos estudar e postaremos novidades em breve...

No mais, um forte abraço para todos...

Sofit

Quarta feira, quase final de semana...

... só não vê quem não quer.
Enfim, chegamos à nossa quinta semana aqui no Ha Eretz (A ereto, como diria o camarada Walter, que considera o hebraíco uma língua tão fácil quanto o espanhol) e até o presente momento o pessoal está se virando bem e todos estão sobrevivendo, cada um de sua maneira.

Ontem assistimos Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds - com E mesmo...) no clube, na televisão, caridosamente cedida pelo veterano que responde pela alcunha de Virgílio, mas que na verdade é chamado de Ervílio, Emílio, entre outros nomes com a mesma "sonoridade". Definitivamente, está ae um dos melhores filmes que o Brad Pitt já fez, "despite of" o que grande parte da mulherada pensa, eu considero o cara um ótimo ator...

Hoje, resolvi tirar o escorpião do bolso (parafraseando o nobre colega Schwab) para "fazer uma preza" (parafraseando o nobre colega Conrado, also known as Paulo Ricardo) e dar uma melhorada na aparência do apartamento. Serei honesto para com aqueles que lêem, foi a primeira vez que usei uma furadeira na minha vida (caridosamente cedida pelo colega Conrado) e montei algumas prateleiras, coloquei um quadro de novidades, um armário de banheiro e só, desta vez.
Gostaria de adiantar que organização não é o meu forte, então as fotos abaixo poderão causar distúrbios em pessoas sensíveis ou com problemas de transtorno obsessivo-compulsivo por organização - continue sob sua própria conta e risco!







obs.: a cortina não foi opção minha, já estava antes de eu chegar no apartamento e já está em vias de ser trocada, assim que entrar verba - se é que isto serve como desculpa - também, se não serve

Estou com a idéia de fazer posts a respeito do modo como os Israelenses dirigem, desde o princípio percebi que não existe uma sintonia perfeita entre este povo e os veículos automotores. As pessoas daqui são autoras das atrocidades mais horríveis, mas hoje eu cheguei a conclusão do que pode ser mais terrível que um holocausto zumbi - uma mulher, israelense, dirigindo e falando no celular... espero não ter pesadelos esta noite...

Neste final de semana teremos o esperado aniversário do Pietro. Veremos o que teremos de bom para contar no sábado.
Ah, finalmente, amanha eu, o Conrado e o Cornes deveremos nos matricular na academia - o pessoal pode reclamar da comida por aqui, mas, particularmente, não tenho nada a reclamar - na realidade, a ração é bem forte e saborosa por aqui... desde já anúncio que sentirei MUITA falta do tal do Humus :-(

Um forte abraço e até a próxima!

A palavra de Hoje é...

E a palavra de hoje é (tambores rufando) ... Mishchá, que significa pomada/creme (tipo creme dental). Se continuar neste rítmo, aprendendo umas palavras novas a cada passeio, acho que dá pra voltar fluente em hebraíco :)
Por falar nisso, em janeiro nossas aulas de hebraíco já irão começar, no entanto, vamos tentar adiantar o que puder enquanto este dia não chega.
Descobrimos esses dias que há um Israelense que morou por 10 meses no Brasil (ele tinha uma namorada lá) e possui um português muito bom, digno de respeito. Quem sabe ele não aceite dar umas aulas de hebraíco neste meio tempo? :)

Há dois dias me tornei "really addicted to Beit Habubot" - que significa algo como Casa das Marionetes/Bonecas. Neste link existe uma das músicas que eu mais gostei da banda. Se alguém quiser ouvir, pode clicar aqui para baixar. O nome da música é: כי אם לא אז בשביל מה

O nome da música eu não sei, pois não conheço as palavras, mas deve soar como "Ki Im Lo Az Beshvil Mah" - o que pra mim não significa nada, ou quase nada, pois Im é "se", Lo significa "não" e Mah significa "O quê".

Ah, também fomos para o cinema assistir 2012, legendas em hebraíco e som em inglês. O filme não é o bicho (tudo bem, algumas cenas são fora de série, com uma computação gráfica que merece parabéns), mas a loja de instrumentos musicais que visitamos no caminho valeu o passeio todo.

É isto, no mais, um forte abraço!

Sem idéia para um Título

Saudações, shalom, hail, whatever...

Mais um dia termina no Ha Eretz, infelizmente não temos novidades "estrogonoficamente sensível que mereçam o respeito tecnológico de vocês" (ficou boiando? clique aqui), mas vou contar algumas coisinhas que ainda não tive a oportunidade de "exteriorizar"... oh, lindo, hoje eu estou poético.

Existe um homem que trabalha como zelador do nosso prédio, é engraçado que a habilidade do inglês dele é inversalmente proporcional à dificuldade da tarefa que você está pedindo para ele. Seu nome é Avi (ou .avi, como preferirem...) - apesar da descrição prévia, ele é um cidadão legal e que tem dado uma mão legal para o pessoal do Brasil na questão de instalações e tudo o mais.
Como até agora não tenho uma foto, fica uma foto do Frank Aguiar para ilustrar a aparência física do cidadão...


Hoje tivemos nosso primeiro futebol contra nativos. Como houve um conflito de interesses, chegamos à um acordo onde cada lado iria montar um time e este time jogaria até um dos dois lados fazer dois gols. Aquele que fizesse dois gols, poderia permanecer na quadra, os outros deveriam se retirar. Foi um jogo equilibrado, fizemos o primeiro gol, mas perdemos a confiança no final e acabamos levando dois gols =\

É interessante ver como eles chegam na quadra pedindo para jogar, eles começam fazendo passes de bola nas laterais e acabam entrando na quadra de repente, as vezes chutam a bola cruzando pelo meio de campo, durante o jogo do outro time. Lógico, um ato desses no Brasil custaria uma briga, no entanto aqui já deu pra perceber que todos vão até o limite da "audácia", mas jamais entram em conflito corporal. Alguns brasileiros mais exaltados já estavam falando (em português, lógico) - "Vamos quebrar eles!" - mas o Fernando (um dos membros do ASH Team 1) é um cara bastante articulado e conseguiu acalmar e chegar num acordo com o pessoal deles.

Me esqueci de comentar que havia um russo jogando no nosso time, Mikhael (ehheheheh, puxa, mais comum, só mesmo Bóris).

Após isto, partimos para uma empreitada, buscando uma quadra para jogar através da Nesher inteira, todas ocupadas, exceto uma, bem desolada, que nem mesmo o Mikhael fazia idéia de que existia...
Lá conseguimos terminar a nossa partida, vencendo miseravelmente de 16x15 :P

Também me esqueci de comentar que alguns apelidos já estão surgindo... deixarei para que publiquem o meu nos demais blogs, mas já cito alguns que estão pegando: Campo Bom e Paulo Ricardo (RPM).

Um forte abraço e tudo de bom para todos!

Comida em Israel

E a receita de hoje é, Nissim com Salsicha à Israeli - uma verdadeira iguaria da culinária Israelense. Não se esqueça de adicionar pimenta doce para frango, fica uma delícia!
Enfim, é praticamente um retorno à época de universitário, onde eu inventava cada alimento esquisito... esquisito elevado ao quadrado, dado que eu era vegetariano naquela época.

Enfim, sem mais divagações. Estou proibido de falar sobre o serviço, mas sobre os restaurantes disponíveis no local que trabalho eu acredito que não haverá problema. Por aqui existe uma lei judaíca que grande maioria os habitantes (judeus praticantes e não praticantes) respeitam de igual maneira, a comida Kosher. Em resumo, um alimento Kosher não pode ter a mistura de carne com nenhum material do leite.
Diz-se por ae que existe uma passagem na bíblia que os judeus foram instruídos a não cozinhar a carne do bezerro no leite da mãe e eles interpretaram de forma bastante efusíva - sendo assim, não é possível misturar nenhum tipo de carne (que não seja peixe) com qualquer material derivado do leite.
A lei judaíca até tem um fundamento ecológico, já que se você matar o bezerro e acabar com o leite da mãe, você cria um desequilíbrio ecológico... enfim...

Quando você abre um restaurante, um rabino deve ser contratado para fazer a inspeção do estabelecimento e verificar se ele é verdadeiramente Kosher. Não é um processo muito fácil, pois os talheres e as louças que tocam a carne não poderão tocar o leite de nenhuma maneira. Até mesmo usar o mesmo forno para fazer uma pizza cheia de queijo que anteriormente foi usada para cozinhar um pernil te causará a perda do certificado Kosher.
O simples fato de esquentar um saduíche de presunto num microondas é caso de tomar um Besseder (PI - piada interna) de qualquer um que presenciar a cena.

Na empresa existem dois restaurantes Koshers, o Bassari (carne) e o Halav (leite). Como os próprios nomes falam, a comida é separada em produtos de carne (shnitzil, bifes, saladas e humus) e de leite (pizzas, atum, bolo de letilha e humus) respectivamente.
Brincadeira, existem muitas coisas em cada um deles, na verdade a única coisa que não existe é a combinação dos elementos anteriores.

No entanto, a parte do humus não é brincadeira. O humus é de descendência árabe e é feito com o grão de bico esmagado. Eles acrescentam alguns temperos e o gosto é realmente único, é muito bom MESMO. Mas já há algumas pessoas que não suportam mais o gosto dele por aqui.
Imaginem como uma maionese, só que natural...

No mais é isto, hoje tive a minha primeira experiência costando meu próprio cabelo. No meio do processo a minha máquina estraga, por sorte um dos camaradas tinha uma máquina e me emprestou (valeu Maurício). Fui lá buscar com um boné na cabeça =)

No mais é isto, shalom para todos os parentes e amigos!
Saudades de todos!

Viagem ao Mar da Galiléia

Shabat Shalom pessoal!

Mais um dia nasce aqui na Ha Eretz (a terra) e o pessoal se ocupa com seus afazeres domésticos, exceto este que vos escreve, que está separando um tempo, enquanto as roupas se lavam lá na lavanderia, para colocar as últimas novidades.

Ontem, dia 6/11, viajamos até o Mar da Galileia (Sea of Galilee) - ou em hebraíco, Yam Kinneret (Im é mar e Kinneret é violino, pois eles acham o formato semelhante ao do violino... ¬¬). Olhando para o mapa, é possível perceber que o tal mar é na verdade uma lagoa. De carro, é possível fazer toda a sua circunferência em aproximadamente 2h.
Para aqueles que frequentaram as aulas de catequese, é possível se lembrar que este foi o local de diversos feitos de Jesus, como caminhar sobre as águas, acalmar tempestades e alimentar 5.000 pessoas.

A nossa primeira parada foi em Tabgha, a igreja da multiplicação. Honestamente, eu nem sequer sabia o que a gente estava fazendo lá. Era um templo bonito, com uma oliveira no centro do pátio e uma igreja ao fundo. Foi quando um dos guris comentou: "Aquela pedra lá no fundo da igreja foi onde Jesus executou o milagre da multiplicação dos peixes e dos pães...". Então que eu fui entender o porque da parada e garimpei algumas fotos por lá.
Aqui aconteceu uma situação estranha. Primeiramente, os árabes por aqui são tratados (sem tendências racistas, por favor) como os negros na américa do sul e do norte - há uma certa xenofobia. Entendem? Mas em geral é justificada (ao menos por aqui), quando falam em assaltos, badernas, brigas ou coisas parecidas, provavelmente tem um árabe envolvido.
Enfim, vamos ao que interessa... ao redor da pedra da multiplicação, existe uma corda, que impede o acesso até ela. Então, esse grupo de árabes entrou lá para rezar tocando na pedra, prontamente uma freira apareceu com um sininho e começou a tocar.
A gente ouviu o sino, foi ver o que estava havendo e vimos aquela cena, logo pensamos: "Puxa, enquanto ela tá tocando o sino, o pessoal tem acesso até a pedra, vamos lá!" - então todos nós, junto com os árabes, fomos lá tocar a pedra.
Sem se dar por entregue, a freira voltou e trouxe um sino bem maior e começou a tocar. O pessoal ainda não tinha saído... foi então que ela começou a falar e pedir para as pessoas se retirarem (em hebraíco).

Que gaúchada!




Seguem algumas fotos do mar:





Também fomos para a Igreja de São Pedro. Honestamente, não consegui pegar nenhum dado histórico da igreja. O interessante foi ouvir uma missa em inglês ao ar livre e o local é muito calmo e silencioso. Mas seguem algumas fotos:





E também visitamos Capharnaum, também não tenho nenhuma informação histórica. Mas o que consegui entender é que existe uma estrutura contruída sobre as ruínas da antiga cinagoga. O curioso é que os fiéis não se sentam de frente para o padre e sim ao seu lado, pois ninguém poderia ficar de costas para Jerusalém durante uma "missa". Obviamente, a porta do templo era sempre voltada para a cidade de Jerusalém.

Seguem mais algumas fotos:








E ao fim da viagem, fomos para o Jordão, onde Jesus foi batizado por João. Molhamos nossos pés e nos retiramos. Duas coisas curiosas são: 1) a água é extremamente azul, quase um azul químico, mas apesar disto, é possível enxergar o fundo dela; 2) encontrei um flamenguista por lá =)





Sem mais, estou indo. Deu o tempo de terminar de lavar as minhas roupas. Forte abraço. Estou torcendo para que esteja tudo bem com vocês!

. : : UPDATE : : .

Descobri hoje que esta foto mostra o interior da casa de Pedro (um dos apóstolos de Jesus). Sobre ela foi erguida uma cinagoga. Encontramos ela em Capharnaum:


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